Mochileiros América do Sul

Descobrindo a América do Sul.

43° e 44° dias – Puerto Madryn / Buenos Aires (16 e 17/09)

Boa tarde!

Acordamos às 7h00, nos arrumamos e já saímos para o passeio à Punta Ninfas, nem tivemos tempo de tomar café da manhã, pois quando descemos para tomá-lo o motorista/guia que realizaria o passeio já estava nos esperando. Saímos às 8h00 e depois de 1 hora e 30 minutos de viagem chegamos ao nosso destino. O grupo era composto por nós dois mais uma chilena, Julia. No caminho, Carlos, nosso motorista/guia, foi nos explicando sobre a fauna e a flora local. Passamos por um farol, no qual paramos para algumas fotos e finalmente chegamos ao nosso destino. Para ter acesso à praia tivemos que descer uma trilha bastante íngreme de aproximadamente 50 metros. Fomos caminhando suavemente até onde se encontrava um grupo de elefantes-marinhos, compostos por 1 macho dominante e 2 fêmeas com seus filhotes. Quanto mais perto deles nos aproximavam, mais suaves deveriam ser nossos passos. Quando estávamos bem perto, tivemos que nos abaixar e nos aproximar rastejando, pois se o macho se sentisse ameaçado poderia nos atacar. Chegamos à aproximadamente 4 metros dos animais e ali permanecemos por quase 1 hora, observando e fotografando aquelas incríveis criaturas, que pareciam não se incomodar com a nossa presença. Voltamos para o carro e às 12h30 estávamos de volta ao hostel. Pedimos para a recepcionista chamar um táxi, que chegou em 10 minutos e fomos para o terminal rodoviário. Na hora marcada, às 13h15, o ônibus saiu com destino à Buenos Aires.

Havíamos optado por ir no 2° andar do ônibus para economizar e quando entramos no ônibus vimos que tanto o 1° quanto o 2° andar eram idênticos, com poltronas superconfortáveis, pois se tratava de um ônibus 1ª classe. Logo que o ônibus saiu já nos serviram o almoço, que possuía até prato quente. Era composto por pão, presunto, queijo, uma espécie de rocambole de frios, filé de frango a parmegiana, purê de batatas e flan de baunilha de sobremesa. Ficamos assistindo aos filmes e por volta das 17h30 o lanche da tarde foi servido, composto por café com leite ou chá, alfajor e um bolinho recheado com doce de leite. Continuamos assistindo filme até o jantar, que era semelhante ao almoço, mas ao invés de frango a parmegiana foi um bife e foi servido às 21h00. Assistimos mais 2 filmes e dormimos. O café da manhã foi servido às 6h00, que era igual ao lanche da tarde e ás 7h00 estávamos no terminal rodoviário Retiro, em Buenos Aires. A viagem teve duração de 17 horas e 45 minutos.

Já no terminal, fomos até uma lan-house para procurarmos por um hostel para nos hospedarmos. Optamos pelo Milhouse Hostel, pegamos o endereço e fomos para o metrô. Andamos 3 quadras e chegamos a estação Retiro, linha azul. Seguimos nesta mesma linha e descemos na estação Av. de Mayo, que fica a menos de 5 minutos do hostel. O valor do ticket de metrô é de A$2,50/US$0,55 (R$1,20) por pessoa. Caminhamos até o Milhouse Hostel, localizado na Rua Hipólito Yrigoyen, n°959. Fizemos o check-in para um quarto coletivo, de 8 pessoas, e pagamos A$70,00/US$15,05 (R$33,10) a diária cada um. Como só poderíamos entrar no quarto depois das 14h00, pegamos uma roupa, deixamos nossas mochilas na sala de bagagem e fomos tomar banho. Depois do banho tomamos café da manhã, não precisamos pagar por ele pois já havíamos pago pela hospedagem, e saímos para conhecer a cidade. Seguimos pela própria rua do hostel, pois vimos que ali haviam alguns atrativos. Primeiro passamos pelo Museu Histórico del Cabildo y de la Revolución de Mayo, mas estava fechado, pois só abre a partir de terça e era uma segunda-feira. Seguimos então para a Praça de Mayo, a algumas quadras de onde estávamos. Na praça há uma estátua do General San Martín, homenageado pela criação da bandeira nacional. Visitamos a Catedral e a Casa Rosada, ambas com edificações imponentes e de grande beleza. Continuamos caminhando e depois de 20 minutos estávamos em Puerto Madero, importante bairro da capital, sendo um dos mais modernos e considerado um centro financeiro de Buenos Aires. Caminhamos pela orla de Puerto Madero, tiramos foto na estátua de Carlos Gardel, ícone argentino, e fomos visitar o Buque-Museo Fragata A.R.A. Presidente Sarmiento, navio transformado em museu no qual se pode visitar as salas de máquinas, sala de refeições dos cadetes e apresenta também exposições de vestuário, nós, antigas aparelhagens de mergulho, misseis, entre outros. Para visitar esse museu pagamos A$2,00/US$0,45 (R$1,00) cada um. Saímos do museu e continuamos caminhando, caminhamos por toda a orla de Puerto Madero.

Às 14h00 caminhamos por 15 minutos para pegar o metrô na estação Leandro N. Alem, linha vermelha, estação mais próxima de Puerto Madero. Pagamos A$2,50/US$0,55 (R$1,20) cada um pelo ticket. Descemos na estação Carlos Pellegrini onde fizemos conexão com a linha verde e fomos até a estação Plaza Italia. Descemos nesta estação porque é na Praça Itália que saem os ônibus com destino ao Zoológico Lujan. Como ainda não tínhamos almoçado, passamos no Burger King, compramos um lanche para viagem (pois comeríamos no ônibus) e fomos pegar o ônibus para irmos ao zoológico. Foi na Av. Sarmiento que pegamos o ônibus 57 com destino ao Zoo Lujan. A passagem do ônibus nos custou A$9,50/US$2,05 (R$4,50) cada um, o ônibus estava lotado e tivemos que seguir em pé por cerca de 1 hora, e foi ali mesmo, em pé, que almoçamos. Depois de 2 horas de viagem chegamos ao nosso destino, às 17h00. Como já era tarde fomos informados que algumas atrações já estariam fechadas, mas mesmo assim optamos por entrar, afinal já estávamos lá. O valor da entrada é de A$130,00/US$27,95 (R$61,50) por pessoa. Este zoológico e famoso pois nele os visitantes podem entrar nas jaulas com os animais. Começamos a visita pela jaula de leões filhotes, depois fomos para a jaula dos tigres filhotes – que estavam bastante agitados (o guia nos disse que estavam assim por ser hora do jantar) –, seguimos para a jaula dos leões adultos e depois para uma jaula com tigres adultos e leoas. Fomos para a jaula dos ursos, mas nessa já não pudemos entrar e depois fomos informados que todas as outras jaulas já estavam fechadas. Vimos um pavão albino e pudemos alimentar 2 macacos dentro da jaula. Antes de partirmos, visitamos um cercado onde havia ovelhas e cabras e passamos por uma piscina com 4 lobos-marinhos. A visita não foi muito produtiva, pois a maioria das jaulas já estava fechada, mas mesmo assim valeu a visita. Depois de vermos tantos animais soltos, em seus habitats naturais, sentimos pena dos pobres animais enjaulados.

Saímos do Zoo às 19h00 e encontramos um grupo de brasileiros que estavam esperando o ônibus a mais de 1 hora e nada do ônibus parar. Então uma moça do zoológico nos ofereceu o serviço de van, que nos levaria até a cidade. Como não havia outro jeito aceitamos. A van chegou para nos pegar ás 19h30 e às 20h30 já estávamos na cidade, o trajeto durou metade do tempo do ônibus, mas foi bem mais caro, nos custou A$32,00/US$6,90 (R$15,15) cada um. A van nos deixou em frente ao hostel e fomos até o mercado que fica à 2 quadras dali. Compramos uma pizza, voltamos para o hostel, jantamos e tomamos banho. Descemos até a recepção para reservar um show de tango para o dia seguinte, que nos custou A$280,00/US$60,20 (R$132,45) cada um, com transporte, aula de tango, show de tango e jantar com bebida incluída. Haveria uma festa no hostel, mas como estávamos muito cansados acabamos dormindo antes.

Beijão!

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42° dia – Puerto Madryn (15/09)

Bom dia!

Acordamos às 6h30 para nos arrumarmos, tomamos café da manhã – que estava incluído na diária – e às 8h00 um micro-ônibus passou para nos buscar. Passamos em mais alguns hotéis para buscar outros passageiros e às 9h00 estávamos na Praia El Doradillo, na qual pudemos observar algumas baleias brincando bem próximas às margens. O guia nos explicou que as baleias frequentam bastante essa praia pela sua profundidade (praia de tombo) e pelo tipo de solo (ao invés de arenoso o solo é comporto por pequenas pedras). Ficamos 30 minutos nessa praia e seguimos com o passeio. Às 9h45 estávamos ingressando na Área Natural Protegida Península Valdés, a taxa para ingressar nessa área não estava incluída no passeio e nos custou A$100,00/US$21,50 (R$47,30) cada um. Argentinos pagam somente A$30,00/US$6,45 (R$14,20) por pessoa, vale lembrar também que na Argentina o desconto para estudantes só se dá se você é um estudante argentino ou se você é um estrangeiro e está estudando na Argentina.

Para ter acesso à península deve-se atravessar uma estreita faixa de terra, na qual de um lado encontra-se o Golfo San José e do outro o Golfo Nuevo. Nossa seguinte parada foi em Punta Pirâmide, onde pegaríamos o barco para navegar com as baleias. Fomos para a empresa responsável por esse passeio, a Hydro Sport, colocamos o colete salva-vidas (que é obrigatória) e às 11h00 estávamos no mar. Esse passeio teve duração de 1 hora e 30 minutos e pudemos ver algumas baleias, umas se aproximavam muito do barco (até quase tocar-lo), passavam por baixo de nós, outras se exibiam saltando para fora da água. Esse passeio é muito bom e é imperdível para quem visita Puerto Madryn. É importante saber que essas baleias só podem ser vistas na região entre junho e dezembro, fora desse período é muito difícil avistá-las por lá. Na volta para a praia passamos por um colônia de lobos-marinhos.

Depois do passeio tivemos tempo livre para almoço. Como havíamos levado pão, salame e queijo, fomos até uma parte da praia na qual havia alguns paredões rochosos, sentamos à sombra e almoçamos. Às 13h30 estávamos de volta ao micro-ônibus para dar continuidade ao passeio. Fomos até a Punta Cantor, no caminho pudemos avistar algumas espécies que habitam a península, vimos guanacos, maras, choiques e corujas. Antes de chegar à Punta Cantor, passamos pela Salina Grande e pela Salina Chica, dois lagos nos quais o solo é composto por sal e suas águas são salgadas. Já em Punta Cantor pudemos observar de longe alguns elefantes-marinhos e, para nossa sorte, bem no momento em que estávamos lá um grupo de seis orcas passavam pelo local. O guia nos disse que tivemos muito sorte, pois nessa época do ano é muito difícil ver esse animal na região. Voltamos para o micro-ônibus e um pouco mais a frente, ainda na Punta Cantor, paramos para ver uma colônia de pinguins de magalhães. A beleza do local é inenarrável, com suas águas azuis e a presença de animais tão extraordinários. Ficamos deslumbrados durante todo o passeio. Por volta das 17h00 começamos a fazer o caminho de volta para Puerto Madryn. Antes de deixarmos a Península Valdés, fomos conhecer o Centro de Visitantes Istmo Carlos Ameghino. Esse centro possui algumas salas com exposições sobre a fauna e a flora local, o esqueleto de uma baleia franco austral encontrada morta na península, um mirante e um balcão para informações turísticas. Paramos novamente na Praia El Doradillo, mas já não encontramos mais baleias. Como ventava muito e fazia frio ficamos pouco tempo nesta praia e voltamos para o centro de Puerto Madryn. Por volta das 19h00 estávamos de volta ao hostel. Tomamos banho e saímos para jantar. Paramos no restaurante Il Nonno de la Casera, no qual pedimos como entrada uma porção de frutos do mar e cerveja. Como prato principal, optamos por pizza, especialidade da casa, pedimos meia de frutos do mar e meia de frango e para acompanhar a pizza pedimos um vinho. Estava tudo muito bom. Enquanto comíamos uma banda começou a arrumar seus instrumentos para iniciar o show. Demos sorte de chegar cedo, pois as 22h00 o restaurante já estava lotado. Ficamos vendo o show até às 23h30, voltamos para o hostel e fomos dormir.

Beijos!

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40° e 41° dias – Mendoza / Puerto Madryn (13 e 14/09)

Olá!

Aproveitamos a manhã para descansarmos. Fizemos um cronograma para o restante da viagem e compramos nossa passagem de volta para São Paulo com a companhia aérea TAM. Sairemos de Corumbá, Mato Grosso, com destino a São Paulo no dia 28/09, o valor da passagem foi de R$485,45 cada um. Às 11h00 pedimos para Ignácio, o recepcionista, chamar um táxi para nos pegar no hotel, a corrida até o terminal rodoviário nos custou A$18,00/US$3,90 (R$8,60). Às 12h00 o ônibus da viação Andesmar partiu com destino à cidade de Caleta Olivia, mas descemos em Puerto Madryn, que fica no caminho. Ao entrarmos no ônibus já havia um travesseiro e uma coberta em nossas poltronas e logo que saímos já nos serviram um lanche de presunto e queijo com refrigerante. Às 17h30 serviram um chá da tarde, composto de bolacha salgada, geleia de cereja, bolinho recheado com doce de leite e chá, café ou café com leite. Depois do lanche da tarde teve um bingo, atividade a qual achamos muito legal e interessante, pois nunca havíamos visto isso dentro de um ônibus. Foi somente uma rodada, valendo um vinho branco de Mendoza, e a Lê ganhou o prêmio. Às 22h30 o jantar foi servido, era omelete, rocambole de presunto com legumes, pão, presunto, queijo e para beber tinha refrigerante, vinho e água. Comemos, assistimos a um filme e dormimos. Às 9h00 da manhã serviram o café da manhã, que era composto pelas mesmas coisas do chá da tarde. Durante o trajeto foram realizadas muitas paradas em postos de fiscalização de bagagens e de passageiros, ao todo foram 6 paradas. Na última teve até um labrador farejador que entrou no ônibus.

Chegamos ao terminal rodoviário de Puerto Madryn às 12h00, depois de 24 horas de viagem. Fomos ao PIT (ponto de informação turística) do terminal para pedirmos um mapa e sabermos como chegar até o El Retorno Hostel, onde havíamos feito reserva. Caminhamos por 10 quadras, cerca de 25 minutos, até o El Retorno Hostel, que fica na Rua Mitre, n°798. Fizemos o check-in e fomos tomar banho. Por volta das 14h00 saímos para conhecer a cidade. Passeio esse que foi em vão, pois tudo na cidade estava fechado. Entre 13h00 e 16h30 a maioria dos estabelecimentos comerciais de Puerto Madryn ficam fechados. Fomos em 2 agências de viagens que encontramos abertas para saber sobre preços de voos para Buenos Aires, mas estavam todos absurdamente caros. Às 15h30 fomos à um supermercado comprar pão, salame e queijo para fazermos um piquenique, pois o restaurantes estavam fechados e aqueles que se encontravam abertos tinham preços altíssimos. Nos sentamos em um gramado de frente para o mar ao lado da Muelle Luis Piedrabuena, uma espécie de píer. Enquanto comíamos, estávamos olhando para o mar e avistamos a cauda de uma baleia, descobrimos mais tarde que se tratava de uma baleia franco austral. Ficamos maravilhados com a cena, sabíamos que veríamos baleias em Puerto Madryn, mas não imaginávamos ver uma ali onde estávamos. Depois de comermos fomos para a agência da companhia aérea Lade, que fica na Av. Julio A. Roca. Nos disseram que essa companhia aérea realizava voos de Puerto Madryn a Buenos Aires à um preço mais baixo que as demais companhias. Realmente o valor da passagem era baixo, A$700,00/US$150,55 (R$331,20) por pessoa. Porém, havia um problema, essa empresa só realizava voos de segunda à sexta-feira, e nós queríamos partir no domingo. Se fossemos com a Lade para Buenos Aires, chegaríamos somente no final da tarde e perderíamos assim 1 dia em Buenos Aires, que nesse ponto da viagem seria crucial para conhecermos tudo o que havíamos planejado.

Desistimos de ir de avião e fomos para o terminal rodoviário para ver preços e horários de ônibus para Buenos Aires. Compramos a passagem coma viação Andesmar por A$675,00/US$145,15 (R$319,35) cada um, o ônibus sairia às 13h15 do domingo (16/09) e teria duração aproximada de 18 horas. Saímos do terminal e fomos para o Museu Provincial do Homem e do Mar, que fica a 5 quadras do terminal e custa A$10,00/US$2,15 (R$4,75) por pessoa para visita-lo. Esse museu é dividido em 3 setores, um em cada andar: o 1° é denominado “La fantasía”, no qual há relatos de mitos e lendas locais e europeias sobre animais marinhos, além da exibição de um polvo gigante (5 metros de comprimento); o 2° é denominado “La ciencia”, com exposições sobre os primeiros barcos e contatos com o mar, definição de espaço natural, espécies ameaçadas de extinção e contaminação ambiental; o 3° setor é o “El saber popular”, que exibe fotos de diversas pessoas, mostrando assim a miscigenação do povo argentino, uma sala sobre botânica (plantas medicinais) e outra sobre pesca artesanal. No último andar fica um pequeno mirante, do qual se pode ver boa parte da cidade e do mar. No caminho de volta para o hostel passamos novamente no mercado para comprarmos nosso jantar e seguimos para o Museu Municipal de Arte de Puerto Madryn, que estava exibindo algumas obras feitas com papel (desenhos e esculturas) de artistas locais.

Chegamos no hostel às 19h00 e fechamos, na própria recepção, o passeio para a Península Valdés, que faríamos no dia seguinte. Junto com esse passeio fechamos também um outro para o domingo de manhã, uma visita à Punta Ninfas para vermos alguns elefantes-marinhos. Esse combo dos 2 passeios nos custou A$670,00/US$144,10 (R$317,00) cada um, com transporte e guia para os 2 locais e ainda o barco para navegarmos entre as baleias. Em seguida fomos para a cozinha preparar o jantar, fizemos ravióli de queijo ao molho 4 queijos e abrimos o vinho que a Lê havia ganho no bingo do ônibus, que não era dos melhores, tomamos só metade da garrafa. Comemos e fomos postar no blog, foi nesse momento que o computador parou de carregar. Ficamos tentando carrega-lo até às 23h00, como não conseguimos de jeito nenhum, desistimos, fomos tomar banho e dormimos.

Beijão!

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39° dia – Chile / Argentina / Mendoza (12/09)

Boa noite!

À 1h30 da manhã chegamos à fronteira Chile/Argentina, fazia muito frio. Registramos nossa saída do Chile e depois a entrada na Argentina no mesmo guichê, depois fomos para outro setor onde tivemos nossas bagagens de mão revistadas e alguns passageiros tiveram suas malas, que estavam no bagageiro, revistadas. Por sorte nossas mochilas não foram selecionas pela alfandega e pudemos voltar para o ônibus. Ficamos na fronteira por aproximadamente 1 hora e às 2h30 seguimos viagem. Logo após o ônibus sair da fronteira nos serviram chá, café ou café com leite e alfajor. A bebida quente veio em boa hora, pois estávamos com muito frio. Voltamos a dormir.

Às 6h00 fomos acordados, pois já estávamos no terminal terrestre Del Sol, em Mendoza. Trocamos o restante dos pesos chilenos que tínhamos por pesos argentinos, para que pudéssemos pagar um táxi até o hotel, pois o cartão de saque do Fê não estava funcionando no terminal. A taxa de câmbio que utilizaremos é de US$1,00 = A$4,65. O táxi até o Hotel Aragon, que fica na Rua Godoy Cruz n°212, nos custou A$15,00/US$3,20 (R$7,00). Como tínhamos somente uma nota de A$50,00 e o motorista do táxi não tinha troco, ele nos disse que voltaria depois para pegar o dinheiro da corrida. Coisa que não aconteceu. Fizemos o check-in no hotel, deixamos nossas coisas no quarto e fomos até um banco, a 3 quadras do hotel, para sacar dinheiro. Como nossa reserva ainda não tinha entrado no sistema do hotel, Edgar, o recepcionista, nos disse que o valor da diária era de A$190,00/US$40,85 (R$89,90). Nós dissemos que não era esse o valor que havíamos recebido pelo site e lhe mostramos o e-mail de confirmação da reserva, então pagamos a quantia de A$108,00/US$23,20 (R$51,00) pela diária do quarto, que era uma suíte de casal.

Subimos para o quarto, tomamos banho e fomos tomar café da manhã, que estava incluído na diária. Às 9h00 saímos para conhecer a cidade. Os principais atrativos da cidade de Mendoza, depois de suas vinícolas, são suas praças. Todo o centro de Mendoza pode ser visitado a pé. Começamos a visita pela Basílica San Francisco e depois fomos para a Praça San Martín, em frente à basílica. Ao centro dessa praça está uma enorme estátua em homenagem ao General San Martín, e dai o nome da praça. Seguimos para a Praça Chile, que possui uma estátua representando a amizade imortal entre Argentina e Chile, através dos generais San Martín (argentino) e O’Higgins (chileno). Depois para a principal praça da cidade, a Praça Independência. Todas as praças são muito bonitas, organizadas e bem cuidadas. A presença de fontes e de muita área verde é notável em todas elas. A Praça Independência possui uma enorme fonte em sua região central. Ao lado desta praça fica o Teatro Independência e dentro da praça o Museu Municipal de Arte Moderna. Por ser quarta-feira não precisamos pagar nada para visitar o museu, que apresentava a exposição Digo la Cordillera – El viaje como obra de Carlos Gomes Centurion. São todas obras sobre a Cordilheira dos Andes que foram pintadas em cima de montanhas da própria cordilheira. Havia muitas escolas visitando esse museu.

Ao lado da praça se encontra o Peatonal Sarmiento, passagem na qual veículos são proibidos. Ao longo dessa passagem se concentram bares e cafés com suas mesas na área externa e muitas agências de turismo. Aproveitamos para procurar por passeios para as vinícolas, pesquisamos em algumas até obter o menor preço. Foi na Mendoza Viajes.com que fechamos o passeio, que passaria por 2 vinícolas (1 industrial e 1 artesanal) e uma fábrica de azeite, por A$65,00/US$14,00 (R$30,80) cada um. Neste passeio estava incluído transporte, guia, entrada nas vinícolas, na fábrica e degustação dos produtos. No andar de cima desta agência havia um escritório da companhia aérea Aerolíneas Argentinas, subimos para saber os preços de passagens aéreas para Puerto Madryn, pois assim ganharíamos tempo e poderíamos passar mais um dia em Mendoza para podermos visitar o Aconcágua. Infelizmente o valor mínimo das passagens era de US$700,00, então desencanamos de ir de avião e teríamos que ir de ônibus mesmo. Como nosso passeio só sairia às 14h00, ainda tínhamos 2 horas para almoçar, conhecer mais alguns atrativos da cidade e ir ao terminal rodoviário comprar nossas passagens para Puerto Madryn. Comemos rapidamente no Subway e seguimos para o Mercado Artesanal Mendocino. Achamos que fosse um grande mercado de artesanatos, mas quando entramos era somente uma loja que vendia produtos em couro a um preço muito alto. Ao lado deste mercado se encontra o Ministério do Turismo, no qual descobrimos que não precisaríamos ir até o terminal rodoviário, pois eles tinham um escritório no centro chamado La Terminal del Centro, na Rua 9 de Julio n° 1042. Fomos até lá e compramos nossas passagens com a viação Andesmar para o dia seguinte (13/09) às 12h00. O valor da passagem foi de A$740,00/US$159,15 (R$350,15) cada um.

Depois fomos para a Praça España, totalmente diferente das demais praças que havíamos visitado até então. O chão era todo detalhado com azulejos, os bancos, a base dos postes de luz e a fonte da praça eram todos com acabamento em azulejos. Seguimos para a Praça Itália, que possui fontes com estátuas e uma estátua da loba que amamentou Rômulo e Remo, da famosa lenda sobre a fundação de Roma (Itália). Como já estava quase na hora do nosso passeio, voltamos para a empresa, onde pegaríamos o ônibus para irmos às vinícolas.

 

 

 

Às 14h15 o ônibus passou para nos pegar e seguimos para a Bodega San Humberto, bodega é vinícola em espanhol. Tratava-se de uma vinícola industrial e Raquel, guia da vinícola, nos apresentou a toda vinícola e foi nos explicando sobre os processos de produção dos vinhos. Antigamente o vinho era armazenado em tonéis de 30 mil litros e eram feitos com madeira nacional. Hoje servem somente para exposição, pois os barris atuais possuem capacidade de 300 litros e são feitos com madeira francesa, cada barril desse chega a custar 800 euros. Ela nos explicou que com cada hectare de vinhedo consegue-se produzir aproximadamente 5 mil litros de vinho. Para produção do vinho branco utiliza-se somente o miolo da uva. Para o vinho rose utiliza-se o miolo e vestígios da casca. Já para o vinho tinto utiliza-se tanto o miolo quanto a casca. A partir da uva branca pode-se fazer somente o vinho branco, enquanto que com a uva roxa pode-se fazer as 3 variedades de vinho. A colheita da uva é feita em 2 épocas do ano: em janeiro quando a uva ainda está verde para a produção e espumantes e em março quando a uva já está madura para produção de vinhos. Antes de ser esmagada e mandada para fermentação, a uva tem suas sementes removidas. O processo de fermentação dura entre 2 e 3 dias e logo após esse processo o líquido tem sua temperatura baixada à 0°C para que o vinho não passe do ponto, danificando assim seu sabor. Após a fermentação o vinho branco e o rose ficam 2 meses repousando e depois já podem ser engarrafados, durante esses meses o vinho adquire mais sabor. Já o vinho tinto fica por cerca de 10 dias sendo misturado com a casaca, pois devido à fermentação as cascas ficaram no topo do líquido. É esse processo o responsável por dar a cor escura ao vinho tinto. Depois ele fica 2 meses repousando e já pode ser engarrafado, porém os que são diretamente engarrafados são chamados de vinhos jovens, ou seja, possuem menor qualidade. Para aumentar as propriedades, e consequentemente a qualidade, do vinho ele é armazenado em tonéis de madeira, podendo ficar armazenados por até 1 ano e meio. Quanto mais tempo o vinho ficar armazenado nos tonéis de madeira, maior será a sua qualidade. São 3 os vinhos que ficam armazenados nesses tonéis:

Nina é colocado em tonéis novos e ficam neles por 1 ano e meio;

Cabo de Hornos é colocado nos tonéis onde estava o líquido que foi destinado à produção do vinho Nina e fica neles por 1 ano;

San Humberto é colocado nos tonéis onde estava o líquido que foi destinado à produção do vinho Cabo de Hornos e fica nele por 6 meses.

Depois de ser utilizado essas 3 vezes o tonel e descartado e vendido para ser utilizado como matéria-prima na produção de móveis. A semente e o bagaço que sobram da produção do vinho são utilizados com adubo natural na safra seguinte. Depois de conhecermos todo o processo de fabricação do vinho fomos para a loja da vinícola para degustarmos 3 tipos de vinho: o vinho tinto Cabo de Hornos, o vinho branco San Humberto e um vinho branco que para sua produção é utilizado somente o açúcar natural da uva, o que faz com que ele fique mais doce, parecendo um licor de vinho. Muito bom os 3!

Ficamos cerca de 1 hora e 30 minutos nessa vinícola e seguimos para a Bodega Cavas de Don Arturo, uma vinícola familiar de produção artesanal. Nessa vinícola Noêmia foi nossa guia e nos apresentou o local, que produz somente vinho tinto de 4 variedades: merlot, malbec, cabernet sauvignon e syrah . A colheita é feita somente uma vez por ano, no mês de março, e durante esse período a vinícola conta com 150 empregados, durante o restante do ano são somente 9 empregados contratados. Dois meses antes da colheita as uvas passam por um processo chamado estresse hídrico, no qual ficam sem ser regadas até a colheita para melhorar a qualidade e o sabor do vinho. Por ano, a vinícola produz 1 milhão e 200 mil litros de vinho. Vinho este que não é vendido para terceiros, a vinícola vende somente para pessoas que visitam o local e diretamente aos seus clientes, para consumo próprio destes. Eles possuem 3 linha de vinho: as que não vão aos tonéis de madeira, a linha premium (que passa pelos tonéis) e a linha celebración (melhor linha da vinícola, criada em 2003 para o casamento da filha do proprietário). A linha premium possui vinhos que ficam 3, 9 ou 12 meses armazenados em tonéis de madeira. As sementes que sobram da uva são vendidas à fabricas de azeite que produzem  o azeite de uva, típico da região. Já o bagaço é vendido à industrias de bebidas, que produzem grappa e conhaque a partir do bagaço da uva, e também à industrias de cosméticos, que  produzem produtos à base de uva. Ao final da visita fomos para a loja da vinícola para a degustação. Provamos 4  tipos de vinhos: malbec, cabernet sauvignon e syrah da linha que não passa pelos tonéis de madeira, e por fim degustamos um cabernet sauvignon da linha premium. Gostamos de todos! Para acompanhar a degustação foram servidos pedacinhos de pão com azeite de uva e orégano.

Também ficamos nessa vinícola por aproximadamente 1 hora e 30 minutos e depois seguimos para a fábrica de azeite de oliva Laur. A visita durou cerca de 1 hora e Cristian, guia da fábrica, nos explicou sobre os processos de cultivo, colheita e produção do azeite. O local conta também com um museu, o Museo del Olivo, que apresenta as antigas máquinas de produção do azeite. Nessa fábrica são produzidos 150kg de azeitona por ano. A época de colheita varia de acordo com o tipo de azeite que se deseja obter:

– Azeite extra virgem (melhor qualidade): a colheita é realizada em abril e maio, quando a azeitona ainda está verde ou com pequenos pontinhos dourados;

– Azeite virgem (qualidade intermediária): a colheita é realizada em junho e meados de julho, quando a azeitona está dourada ou começando a ficar preta;

– Azeite puro (pior qualidade): a colheita é realizada no final de julho e em agosto, quando a azeitona já está preta e começando a ficar enrugada.

São 3 os métodos de colheita: o ordenho, que é realizado com as próprias mãos; o vareo, que é realizado com a ajuda de algum instrumento, mas ainda é manual; e o industrial, realizado com a ajuda de máquinas (que sacodem as oliveiras até que todas as azeitonas tenham caído do pé). Na Fabrica Laur o método de colheita é o ordenho. Após extraído o óleo das azeitonas, esse líquido fica em tonéis de metal para a decantação de resíduos por 2 meses e meio. Esse processo também melhora o sabor e a qualidade do azeite. Após a visita fomos para a loja da fábrica para a degustação dos produtos, havia pão com azeite, pão com patê de azeitona verde, e de azeitona preta, pão com tomate seco (reidratado em azeite), azeitonas verdes e pretas e uvas passas (roxas e brancas). Nem precisamos falar que estava tudo muito bom. Voltamos para o centro de Mendoza às 19h45.

Descemos do ônibus e fomos visitar a Igreja Compañia de Jesús, depois fomos ver a iluminação da fonte da Praça Independência e voltamos para o hotel. No caminho paramos na lanchonete Chini, na qual comemos um misto quente e tomamos sorvete. Fomos para o hotel, tomamos banho e dormimos.

Beijoss!

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38° dia – Santiago (11/09)

Oi gente!

Acordamos às 8h00 nos arrumamos e fomos tomar café da manhã, que estava incluído na diária. Em Santiago todos os atrativos turísticos abrem a partir das 10h00. Voltamos para o quarto para arrumarmos nossas coisas, fizemos o check-out e deixamos as mochilas na sala de bagagem. Às 10h15 saímos do hostel e fomos ao Cerro Santa Lucía, no caminho passamos pela Biblioteca Nacional e entramos para conhecê-la. Esta possui 3 andares superiores e 1 inferior, no piso térreo há também uma cafeteria e 2 salas de exposições. Visitamos as 2 exposições e saímos. A 1ª exposição era sobre a história da Avenida Alameda Libertador Bernardo O’Higgins, com fotos e relatos históricos sobre essa avenida. O nome da exposição era Alameda de las delicias, una historia urbana. Ao centro desta sala havia outra sala com paredes de vidro – adesivadas com imagens e frases –, que no interior havia computadores e mesas para estudo. A 2ª exposição era denominada Reflejos de Modernidad – Fotografías estereoscópicas de la colección Carlos Mujica Varas, que tinha como objetivo principal mostrar fotografias antigas em 3 dimensões.

Passamos pela Praça Santa Lucía e chegamos ao Cerro Santa Lucía. A entrada é gratuita e a subida até o topo deste morro é feita a pé. O local possui alguns terraços, como a Terraza Neptuno e a Terraza Caupolican, o Castelo Hidalgo, uma pequena igreja, um mirante (Torre Mirador) e algumas praças e jardins, como a Plaza Pedro de Valdivia e o Jardín Darwin. Este morro é bastante arborizado e bem cuidado, o lugar é muito agradável e dá vontade de ficar horas em meio às suas praças e jardins. Do mirante se pode ter uma bela vista panorâmica da cidade. Ao pé deste morro se encontra o Centro de Exposição e Venda de Arte Indígena, das tribos Aymara, Rapa Nui e Mapuche.

Seguimos para o nosso passeio ao centro histórico. Passamos pelo Teatro Municipal, depois visitamos a Basílica La Merced e fomos ao Palácio Bellas Artes, este palácio fica em meio ao Parque Florestal e abriga 2 museus: o Museu Nacional de Bellas Artes e o MAC (Museu de Arte Contemporânea). Primeiramente visitamos o MAC, a entrada para estudante é de $400,00/U$$0,85 (R$1,85), não precisamos apresentar a carteirinha para provarmos que somos estudantes. Este museu possui três andares, no piso térreo apresenta esculturas do artista Lívio Scamperle; o 1° andar apresenta uma exposição chamada Contaminaciones Contemporáneas, que apresenta obras de 12 artistas chilenos e foi exibida originalmente no Museu de Arte Contemporâneo da USP (Universidade de São Paulo), no Brasil; e o piso inferior apresenta alguns trabalhos do cineasta e fotógrafo Andrés Racz. Na outra extremidade do palácio, passando por um trecho do Parque Florestal, chegamos ao Museu Nacional de Bellas Artes, que apresenta em 3 andares, obras de artistas chilenos e europeus. Possui também salas de exposições temporárias. O piso inferior estava fechado no dia em que visitamos esse museu e uma das salas temporárias apresentava desenhos de crianças que participaram do Concurso Internacional Jovem Artista. Para visitar esse museu deve-se pagar $600,00/US$1,25 (R$2,75) por pessoa e estudantes pagam metade. Como tivemos que apresentar a carteirinha de estudante, e a Lê perdeu a sua, pagamos $900,00/US$1,90 (R$4,20).

Passamos pelo Centro Artesanal Turístico Santo Domingo, pelo Templo Santo Domingo, que estava fechado, e chegamos à Praça de Armas, na qual visitamos o Museu Histórico Nacional e a Igreja Catedral. Para visitar o museu pagamos $300,00/US$0,60 (R$1,35) cada um – tarifa para estudante. Este museu apresenta em 15 salas diferentes fases da história do Chile, são 2 andares de exposição e só se pode fotografar no pátio do 1° andar. Após a visita à Catedral, por volta das 14h30, fomos ao restaurante 5 Arcos para almoçar. Comemos um filé mignon ao molho de champignon com arroz e uma porção (8 unidades) de hot-roll de camarão com cream cheese enrolado em uma fina camada de filé de frango. Restaurante agradável, mas a comida não é das melhores.

Seguimos para o Palácio do Governo “La Moneda”, no caminho passamos pelo Tribunal da Justiça, que está passando por uma restauração, e pela Câmara dos Deputados. Em baixo do Palácio do Governo está o Centro Cultural Palácio de La Moneda, mas infelizmente já estava fechado. A atendente deste centro nos explicou que diversos atrativos fechariam mais cedo neste dia, pois em 11 de setembro de 1973 houve o golpe militar chileno. Passamos pela Torre Entel, por uma feirinha em frente ao Palácio do Governo e paramos para visitar a Galeria de Arte Contemporânea Gabriela Mistral, com entrada franca. Seguimos para a Universidad de Chile, que estava toda pichada e havia muitos estudantes se preparando para protestar. Fomos então para a Igreja e Convento San Francisco, onde se encontra também o Museu Colonial San Francisco, que também já havia fechado.

Às 17h30 fomos ao Centro Artesanal Santa Lucía, depois pegamos o metrô na estação com o mesmo nome e seguimos até a estação Baquedano, na qual desceríamos para visitar o Parque Metropolitano, havíamos visto que este parque fechava às 20h00, então teríamos tempo para visitá-lo. Após 15 minutos de caminhada, pela Rua Pio Nono – na qual se concentram muitos bares com mesas nas calçadas e por isso muita gente –, chegamos ao parque, que também estava fechado. Resolvemos voltar para o hostel, pois não encontraríamos mais nada aberto. No caminho de volta para o metrô, o Fê resolveu provar um lanche típico, é tipo um cachorro-quente, mas os ingredientes são um pouco diferentes: pão, salsicha, purê de abacate e maionese. A cara do lanche é bem esquisita, mas o gosto é bom.

Chegamos no hostel às 19h00. Como não tinha forno na cozinha, fizemos a pizza (que não havíamos comido no dia anterior) no micro-ondas. Comemos e pegamos nossas roupas na recepção para arrumarmos as mochilas. Enquanto guardávamos nossas roupas, o Fê percebeu que a única camiseta de marca que havia mandado para lavar tinha sumido. Ele foi até a recepção em busca de esclarecimentos, mas Fernando, um recepcionista brasileiro, disse que não sabia de nada. Por isso muito cuidado quando forem mandar suas roupas para lavar nesse hostel. Enquanto guardávamos as coisas ficamos conversando com Cris e Lucas, brasileiros que estavam hospedados no hostel. Às 21h30 seguimos em direção à estação de metrô Santa Lucía, para irmos ao terminal rodoviário. Pelo horário, pagamos $560/US$1,15 (R$2,55) cada um no ticket de metrô e descemos na estação Universidad de Santiago. Fomos até a plataforma na qual nosso ônibus chegaria e depois de 15 minutos ele chegou. Embarcamos e às 22h30 partimos com destino à Mendoza, na Argentina. Antes de o ônibus sair, entramos no site da HostelBookers para fazer nossa reserva em um hostel de Mendoza. Optamos pelo Hotel Aragon, pois era o mais barato. Pagamos no cartão a taxa de reserva de R$5,21 e deveríamos pagar o restante chegando ao hotel. Logo que embarcamos nos serviram um sanduíche de presunto e queijo e refrigerante. Comemos e dormimos.

Beijão!

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36° e 37° dias – Bolívia / Chile / Santiago (09 e 10/09)

Boa tarde galera!

Não postamos nada semana passada pois estávamos nos recuperando da viagem, estávamos muito cansados e tiramos a semana para descansar. Agora vamos postar dia-a-dia os relatos finais de nossa viagem. Esperamos que vocês continuem acompanhando.

Acordamos às 2h30 para nos arrumarmos e irmos ao terminal terrestre de Uyuni. A madrugada estava muito fria, fazia -1°C e às 3h45 chegamos ao terminal, foram 10 minutos de caminhada a partir do hotel. Guardamos nossas mochilas no bagageiro do ônibus da viação Flecha Bus e às 4h00 partimos. Essa passagem custava B$40,00/US$6,60 (R$14,70)para os dois, de Uyuni até a fronteira.Da fronteira até Calama a passagem custou $5000,00/US$10,45 (R$23,00) cada um. Esses valores foram pagos pela agência, por isso, não pagamos nada fora do pacote.

O ônibus estava cheio de bolivianos que não sabemos por qual motivo estavam transportando comida para um exército. Haha! Tanto os bagageiros como dentro do ônibus estavam sacolas com fardos de bebidas, sacos de grãos, pacotes enormes de salgadinhos, entre outros. Enfim, às 8h00 chegamos à fronteira Bolívia/Chile, na qual registramos nossa saída do país. Para isso precisamos pagar B$15,00/US$2,50 (R$5,50) cada um, achamos isso um absurdo, mas como não tínhamos o que fazer, pagamos e voltamos para o ônibus. Como o motorista nunca saía com ônibus fomos falar com ele para ver o que estava acontecendo, ele nos disse que ficaríamos ali até às 10h00 pois o ônibus chileno que nos levaria até Calama passaria somente mais tarde. Teríamos que trocar de ônibus porque o que pegamos em Uyuni só podia circular em território boliviano. Às 10h00 atravessamos para o lado chileno da fronteira, onde tivemos que descer do ônibus e aguardar mais 1 hora até que o ônibus da viação Atacama 2000 chegasse para nos buscar. Essa foi a pior fronteira pela qual passamos até agora, ficamos essa 1 hora em meio ao deserto, em um local que parecia mais um depósito de lixo que uma fronteira.

Às 12h00, horário chileno (1 hora a mais que na Bolívia), o ônibus chegou e fomos registrar nossa entrada no Chile, processo esse que durou 1 hora. Todos os passageiros tiveram suas bagagens revistadas e só depois disso seguimos viagem. Às 17h40 chegamos ao terminal rodoviário de Calama. Todo esse trajeto, desde Uyuni até Calama, durou 12 horas e 40 minutos. Fomos até o guichê da viação TurBus para saber se poderíamos embarcar em Calama ao invés de San Pedro de Atacama, a atendente nos disse que não havia problema algum. Fomos ao banheiro, $300,00/US$0,60 (R$1,35) cada um, e deixamos nossas coisas no guarda volumes do terminal, que nos custou $4.000/US$8,35 (R$18,40). Saímos de lá e fomos procurar algum lugar para comer. Estávamos com muita fome, pois não havíamos comido nada até o momento. Paramos no Pollo Andino, no qual pedimos dois pratos servidos a lo pobre. Este é um jeito muito comum de se servir os pratos em alguns países da América do Sul, significa que o que você pediu virá acompanhado de arroz, batatas e ovos fritos. Pedimos um frango à milanesa e um frango recheado com presunto, queijo e camarão. Os dois pratos estavam muito bons, mas eram muito grandes, comemos metade de cada um. Se tivéssemos pedido somente um, seria o ideal para nós dois.

Após o “almoço” voltamos para o terminal rodoviário e ficamos conversando com Victor, espanhol que havíamos conhecido na viagem de Uyuni até Calama, até o horário de nosso ônibus com destino à Santiago. Às 20h40 minutos embarcamos no ônibus da viação TurBus e 10 minutos depois já estávamos saindo. Desta vez não viajamos no 1° piso porque não havia mais assentos livres. Demos sorte de pegar os bancos da frente do piso superior, pois devido às janelas frontais se pode ver toda a paisagem pela qual o ônibus passa. Assim que nos acomodamos em nossos assentos recebemos um travesseiro e uma coberta cada um. A viagem foi bem tranquila, apesar de uma criança atrás de nós chorar e gritar durante todo o trajeto. Durante o percurso foram servidos 2 lanches, os 2 na manhã do dia seguinte (10/09). O 1° às 6h00 composto por 1 alfajor e suco de pêssego; e o 2° servido às 10h00 composto por amendoins, cookies e suco de damasco. O ônibus fez algumas paradas, mas só descemos na última, por volta das 13h00, para comprarmos algo para comer, comemos um sanduiche natural de frango cada um. Às 18h00 chegamos ao terminal rodoviário de Santiago. Foram 21 horas e 10 minutos de viagem. Fomos a um cyber café para vermos um hostel para ficarmos, só vimos o endereço, pois se fizéssemos a reserva ela não entraria no sistema e não adiantaria nada. Depois disso fomos procurar por passagens para Mendoza, na Argentina. Compramos então as passagens no guichê da viação Andesmar para a noite do dia 12/10, assim chegaríamos de manhã ao nosso destino. A passagem, no 1° piso, nos custou $17.500,00/US$36,60 (R$80,50). Se fossemos no piso superior economizaríamos $3.500,00/US$7,30 (R$16,00) cada, mas como chegaríamos de manhã à Mendoza e já partiríamos para conhecer a cidade, preferimos um pouco mais de conforto para dormimos melhor.

Fomos para o metrô, que fica dentro do próprio terminal – estação Universidad de Santiago –, com destino ao Che Lagarto Hostel, localizado na Rua San Antonio, n° 60. Descemos na estação Santa Lucía, que fica a 3 quadras do hostel. Optamos por um quarto coletivo, pois os valores das diárias estavam muito elevados. A diária em um quarto coletivo para 8 pessoas nos custou $10.000,00/US$20,90 (R$46,00) cada um, se tivéssemos reservado pelo site HostelBookers (www.hostelbookers.com) teríamos pago metade do valor cobrado na hora. Se você pagar a diária em dólar sai mais barato, pois eles acrescentam 19% ao valor quando se paga em pesos chilenos. Como não tínhamos dólares, pagamos em pesos chilenos mesmo. O hostel possui uma ótima localização, fica no bairro Bellas Artes, bem no coração do centro histórico de Santiago. A ambientação do hostel é muito legal, ao lado da recepção fica um bar, que do outro lado se encontram uma mesa de ping-pong, uma de sinuca e uma de pebolim. A cozinha fica no mesmo ambiente que a sala de TV. O hostel é muito grande, possui 9 andares. Fizemos o check-in, deixamos nossas coisas no quarto e saímos para irmos ao mercado comprar algo para o jantar.

Na mesma quadra do hostel havia um mercado, compramos uma pizza congelada, uma Coca-cola e algumas cervejas. Como estávamos com muita fome compramos também um salgado cada para comermos ali mesmo. Voltamos para o hostel por volta das 21h00, tomamos banho e descemos à área comum para utilizarmos a internet, pois o wifi não funciona nos quartos. Deixamos nossas roupas na recepção para que fossem lavadas, uma sacola bem grande – na qual coube as roupas de nós dois – custa $3.000/US$6,30 (R$13,85) e depois fomos dormir. No fim o salgado foi suficiente para nos satisfazer e nem assamos a pizza.

Beijos!

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Esclarecimento

Bom dia galera!

Infelizmente temos uma notícia não muito boa para vocês. Para nós o que aconteceu foi muito ruim. O nosso computador já vinha apresentando mal contato no fio do carregador, mas há uns 3 dias ele parou de funcionar de vez. Não sabemos se é realmente o fio ou se é o próprio computador. Estamos tentando postar aqui no blog essa nota de esclarecimento desde então, mas os computadores dos hostels estão sempre ocupados. Finalmente conseguimos um computador livre para comunicarmos o que está acontecendo. Estamos muito tristes mesmos.

Vamos continuar escrevendo o nosso dia a dia em um caderno e assim que chegarmos no Brasil postamos todo o restante da viagem (com o mesmo detalhamento e as informações que vinhamos postando até o ocorrido).

Pedimos desculpa por isso, mas a culpa também não foi nossa. E se formos ficar esperando para usar os computadores do hostel teremos que ficar acordados até muito tarde e assim não conseguiriamos acordar cedo para desfrutar o máximo da nossa viagem.  Esperamos a compreensão de todos.

Só para que vocês saibam um pouco do nosso itinerário. Depois que saímos de Uyuni fomos para Santiago (Chile), depois seguimos para a Argentina, passamos por Mendoza, Puerto Madryn e agora estamos em Buenos Aires. Amanhã já partimos para o Uruguai, pretendemos passar por Colônia del Sacramento, Montevidéu, Punta del Este e, se der tempo, Cabo Polonio. Em seguida vamos para o Paraguai, no qual visitaremos somente Assunção e já partiremos para a Bolívia, onde iremos para La Paz e Santa Cruz de la Sierra. Em Santa Cruz pegaremos o lendário Trem da Morte para voltar para o Brasil. Nossa chegada à São Paulo está prevista para às 19h30 do dia 28/09

Mas uma vez pedimos desculpas e a compreensão de todos.

Fica aqui um vídeo de despedida, que já havíamos carregado no youtube antes do computador parar de carregar.

Beijãoo e até mais!!

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35° dia – Uyuni (08/09)

Olá!!

Acordamos às 9h30, pois nesse dia o passeio sairia somente às 11h00. Por isso ficamos até tarde no bar. Às 11h00 Pedro passou para pegar Fê, Igor e eu, e irmos até o Cemitério de Trens, local no qual se encontram maquinários e trilhos de diversos trens. Ele nos explicou que esse “cemitério” existe desde 1969/70, quando os trens entraram em desuso.

Porém, antes de chegarmos ao local houve um pequeno incidente, 5 minutos depois que saímos do hotel o carro desligou e não ligava mais. Quase 1 hora depois, um outro motorista passou e descobriu que o problema era um fusível queimado. Ele trocou o fusível e seguimos para o Cemitério de Trens. Ficamos no local uns 15 minutos, pouco tempo para otimizar o tempo perdido com a falha do carro. O local é um ferro velho de máquinas ferroviárias. Discutimos por que aquilo havia se tornado um atrativo turístico, visto a situação em que se encontra. Não é um local muito interessante.

Seguimos então para um pequeno povoado que se encontra ao lado do Salar de Uyuni, o povoado de Colchani. Lá há um museu de sal (que estava fechado), alguns hotéis de sal e também uma feira na qual os locais vendem artesanatos feitos de sal. Demos uma volta pelo povoado e seguimos para o salar.

Um salar é como um deserto, porém ao invés de areia é constituído por sal. O Salar de Uyuni é o maior salar do mundo, são 12.000 km² compostos por camadas de até 8 metros de sal. É impossível ficar sem óculos de sol nesse salar, pois a claridade do sol refletida no sal gera uma luminosidade muito intensa. No salar, podemos tirar fotos engraçadas com objetos diversos, já que não há noção de profundidade. Turistas do mundo todo levam objetos e tiram fotos modificando o tamanho dos objetos e deles mesmos. Por exemplo, tiramos fotos em cima de cartas de baralho, de uma maçã e de um pequeno souvenir em formato de lhama. Dá um pouco de trabalho tirar essas fotos, mas o efeito final é muito bom.

Depois de algum tempo tirando fotos, entramos no carro e seguimos para a Isla Incahuasi, também conhecida como Isla Pescado. No total o Salar de Uyuni possui 24 ilhas, mas só uma delas e acessível (Isla Pescado). Hoje essa ilha não é mais cercada por água, somente por sal, mas um dia o Salar de Uyuni já foi uma lagoa. A ilha é famosa por seus enormes cactos, que podem atingir até 12 metros de altura. No local há também um mirante, a Praça 1° de Agosto e o Arco de Coral. Além de um restaurante, banheiro, uma pequena pensão e serviço de informações turísticas. A entrada a esta ilha custa B$30,00/US$5,00 (R$11,00) por pessoa.

Ao chegarmos nessa ilha fomos almoçar, às 14h30. O almoço foi servido em uma das muitas mesas de pedra que ficam na entrada da ilha. Comemos carne de lhama com quinoa e salada. Estava muito bom. Depois do almoço, fomos passear pela ilha, ficamos no local por uns 40 minutos. Saímos da Isla Pescado e seguimos para os hexágonos de sal, estranhas formações no sal que se assemelham a hexágonos. Ali tiramos mais algumas fotos com nossos pequenos objetos e continuamos o passeio.

Fomos até o hotel de sal Playa Blanca, que hoje não funciona mais como hotel, somente como museu. Para entrar neste museu deve-se consumir alguma coisa de uma pequena venda que se encontra dentro do hotel. Compramos um chocolate por B$12,00/US$2,00 (R$4,40). Há algumas peças feitas de sal, mas nada extraordinário.

Depois da visita ao museu voltamos para Uyuni, onde pegaríamos outro carro para voltar à San Pedro de Atacama. Chegamos ao hotel às 17h45 e Abraham estava nos esperando desde as 15h00. Ele disse que havíamos chegado muito tarde e que todos os carros com destino à San Pedro já haviam partido. Nós dissemos à ele que precisávamos ir para San Pedro pois já havíamos comprado nossas passagens de ônibus para Santiago, que sairia de lá às 19h00 do dia seguinte. Abraham nos disse que a única solução era que pegássemos um ônibus na madrugada do dia seguinte com destino a Calama, local no qual nosso ônibus passaria depois que saísse de San Pedro. Como não tínhamos outra opção aceitamos a sugestão dele e ele foi ao terminal para comprar nossas passagens de ônibus para Calama. Tudo por conta da agência, pois o atraso não tinha sido por nossa culpa.

Enquanto ele foi ao terminal rodoviário, aproveitamos para conhecer a Igreja de Uyuni e passamos no Extreme Fun Pub para ver a plaquinha com o nome e o tempo do Felipe, que só é colocada no dia seguinte ao que se bebe o drink.

Às 19h00 nos despedimos de Igor, pois ele partiria para La Paz e nós continuaríamos em Uyuni. Voltamos para o hotel, no qual ficaríamos mais uma noite. Tomamos banho e às 20h00, o Victor, recepcionista, nos levou até o restaurante onde jantamos, o Pollo Crokan. Comemos frango com arroz e fritas. Voltamos para o hotel e às 21h30 fomos dormir.

Beijos!

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34° dia – Sud Lípez / Uyuni (07/09)

Oie!

Desculpa gente! Estamos muito na correria, mas estamos tentando atualizar quando podemos!

Acordamos à 6h30 para arrumarmos nossas coisas, tomarmos café da manhã e às 7h45 estávamos saindo do alojamento com destino às Lagunas Altiplanicas bolivianas. Nossa primeira parada foi na Arbol de Piedra, estranha formação rochosa que se assemelha à uma árvore, tiramos algumas fotos e seguimos com o passeio. Apesar da temperatura na parte da manhã ser de 0°C, a sensação térmica era de que o dia estava mais quente que o anterior, pois não ventava tanto. Tanto as Lagoas Altiplanas quanto a Árvore de Pedra se encontram na região de Sud Lípez. Em seguida, passamos por mais uma Montanha de Color, a Rahuana.

Seriam 3 lagoas que visitaríamos neste dia, a primeira foi a Laguna Honda. Ficamos pouco tempo, tiramos algumas fotos e partimos. Essa lagoa estava semicongelada, as águas mais próximas à beira estavam mais congeladas que o restante. Ela se localiza a 4.670 metros acima do nível do mar.

Seguimos para a Laguna Hedionda, nesta pudemos ficar mais tempo porque o Pedro precisava trocar o pneu do carro. Aproveitamos para passear por essa lagoa e tentar nos aproximar o máximo possível dos flamingos, mas era impossível. Sempre que estávamos chegando perto, eles voavam para longe. Ao lado desta lagoa estavam as ruínas de uma antiga refinadora de açúcar. Ficamos lá por quase 1 hora e depois partimos.

Seguimos então para terceira lagoa altiplana, a Laguna Cañapa. No caminho pudemos ver ao longe a Laguna Pastos Grandes. A Laguna Cañapa possui águas cor verde esmeralda e abriga também uma grande colônia de flamingos. Atrás dessa lagoa pode-se ver a montanha nevada Canqueilla. Depois desta última lagoa, seguimos para o vilarejo de Alota, onde almoçamos. Vilarejo este composto por apenas 250 habitantes. No caminho, avistamos grupos de lhamas e de  bicuñas.

Chegamos à Alota às 12h00 e nos serviram o almoço. Era sopa de quinoa de entrada e, como prato principal, carne de lhama acompanhada de arroz, salada e ovo. A comida estava muito ruim, sem gosto algum. Enquanto almoçávamos, Pedro aproveitou para lavar o carro. Ficamos nesse lugar até às 13h45.

Seguimos então para o povoado de San Cristóbal, distante a 1 hora de Alota. Trata-se de uma cidade mineira, composta por aproximadamente 800 habitantes, na qual o sustento de todas as famílias residentes vem da Minería San Cristóbal S.A., pois todos trabalham em minas na extração de ouro e prata. O povoado se encontra a 3.670 metros acima do nível do mar. Na cidade visitamos a Catedral Colonial e o Mercado Central. Neste ponto Pedro deu carona para 2 nativos que também iriam à Uyuni.

Chegamos à cidade de Uyuni por volta das 17h00, foram 1 hora e 30 minutos de viagem. A maioria dos turistas se hospeda na cidade para nos dias seguintes visitarem o Salar e os atrativos inseridos nessa região, através de passeios fechados com agências (como fizemos) que se vai de carro, e o motorista para nos pontos importantes. Ao chegarmos à cidade, fomos direto para o Hotel Kutimuy, que pertence à agência que havíamos fechado o pacote desta viagem – Colque Tours.

O hotel estava passando por uma reforma, por isso só havia de hóspedes, os turistas que fecharam a viagem com essa agência, ou seja, nós três e mais duas senhoras brasileiras. Esse hotel estava uma bagunça. Não tinha recepção nem cozinha. Estava cheio de pó de construção e havia muita sujeira, tanto na entrada como nos quartos. Fora o cheiro de tinta fresca. E não havia internet no hotel. Igor, a Lê e eu resolvemos tomar banho e sair para dar uma volta pela cidade, de aproximadamente 5 mil habitantes.

Fomos à Torre do Relógio e à Praça Arce. Andamos um pouco pela rua da torre, onde há vários restaurantes, barzinhos, lojas de artesanatos e cyber cafés. Passamos também no PIT (Ponto de Informação Turística) em frente à praça para pegarmos um mapa da cidade, mas eles não possuíam nenhum. Então, voltamos para o hotel, onde aguardamos até às 20h00 para o jantar. No horário marcado Abraham, responsável pela Colque Tours de Uyuni, passou para nos pegar e nos levou até o local onde jantaríamos. Neste momento o grupo teve o reforço de mais 2 brasileiras, que também eram clientes da agência. Éramos 5 no total.

O restaurante era muito simples. No estilo de lanchonete na verdade. O agente havia encomendado um prato típico para nós formado por arroz, ovo, batata e um bife enorme de vaca. O mais tradicional é com carne de lhama. O prato era muito grande. Ficamos no restaurante cerca de 1 hora.

Na volta do jantar passamos em frente a um bar que Abraham nos disse que era bom, então resolvemos entrar para conhecer. O nome do bar era Extreme Fun Pub, a ambientação do local era muito legal. Pedimos o cardápio e eles tinham uma bebida chamada “The Extreme Challenge Drink”. Essa era a bebida mais tradicional do bar, na qual há uma competição para ver quem a toma mais rápido, e pelas paredes e pelo teto do bar havia os nomes, as nacionalidades e os tempos de todos que já haviam bebido. O recorde é de 36,20 segundos, de um equatoriano. Quem bater esse recorde não paga nada pelo drink e ganha uma passagem aérea para onde quiser com a companhia aérea Amazonas (um convênio do bar com essa companhia aérea local). Quem ficar entre os 5 melhores tempos paga só metade do valor da bebida. Ela custa B$200,00/US$33,30 (R$73,25). Essa bebida é na verdade uma combinação de uns 10 drinks, que totalizam cerca de 20 shots.

Claro que eu resolvi tomar. Haha Todos do bar vieram ver! É muito forte. Os sabores dos shots são fracos, mas é muito álcool junto.  Não cheguei nem perto do recorde, mas valeu a tentativa. Tomei em 1 minuto e 11 segundos e agora meu nome está também no teto do bar. Ao final de todos os shots, o proprietário do bar recomenda que se elimine tudo que foi ingerido. Ele me disse que se eu não vomitasse nos 10 minutos seguintes passaria muito mal, isso eram 22h00. Como não gosto de forçar o vomito, só tomei uma garrafa de água e não vomitei.

Começamos a interagir com o pessoal do bar e Maurício, um boliviano que conhecemos, estava tocando violão e tocou algumas músicas brasileiras. Continuamos bebendo. Não me lembro de muita coisa da noite, só sei que dançamos musicas brasileiras, como É o Tchan e alguns sertanejos, e dançamos também músicas típicas bolivianas, para as quais tivemos alguns professores. Haha A noite foi muito divertida e animada. Voltamos para o hotel por volta das 3h00 da manhã e foi na hora de dormir que eu passei mal. Mas isso não vem ao caso.

Beijãoo a todos!

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33° dia – Chile / Bolívia (06/09)

Hola!!

Acordamos às 6h00 para arrumarmos nossas coisas e tomarmos banho antes de sairmos para o tour ao Salar de Uyuni. Tomamos banho de manhã pois fomos informados que na 1ª noite não teríamos acesso à água quente. Chegamos em frente a agência de turismo Colque Tours, local de onde o tour teria início, às 7h15. Lá encontramos com Igor, brasileiro que também faria o mesmo tour que nós. A única diferença é que ele ficaria em Uyuni no final do passeio e nós voltaríamos para San Pedro. Como o transporte estava atrasado e não tínhamos tomado café da manhã, fomos até uma padaria e compramos pão, presunto, queijo e achocolatado de caixinha. Não sabíamos que o café da manhã deste dia também estava incluso no pacote. Às 8h00 um ônibus passou para nos pegar e seguimos para registrar nossa saída do Chile, não havia ninguém na nossa frente e esse processo não durou mais que 5 minutos. Dentro do ônibus havia uma senhora que realizava o serviço de câmbio. A moeda na Bolívia é o boliviano e precisávamos trocar alguma coisa porque as entradas nos atrativos não estavam incluídas no pacote. A taxa de câmbio dela era de US$1,00 = B$6,00. A agência recomenda que se troque B$180,00/US$30,00 por pessoa para pagar a entrada nos atrativos.  Fomos até um restaurante onde nos serviram o café, claro que comemos novamente. Haha! Às 9h15 estávamos na fronteira Chile/Bolívia registrando nossa entrada na Bolívia.

Seguimos mais uns 5 minutos com o ônibus e paramos para trocá-lo por um Land Cruiser – 4×4 da Toyota. Normalmente os grupos são formados por 6 pessoas mais o motorista. No momento de entrarmos no carro fomos informados de que os outros 3 integrantes do nosso grupo não estariam presentes por motivos de saúde. Seguimos então só nós 3: Felipe, Igor e eu. O motorista também serve de guia neste passeio, não propriamente como um guia de turismo faz, mas ele possui algum conhecimento sobre os locais a serem visitados, o nome do nosso motorista/guia era Pedro. No local onde trocamos de transporte está a entrada da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Na qual o valor da entrada é de B$150,00/US$25,00 (R$55,00) por pessoa. O fuso horário na Bolívia é de uma hora a menos que no Chile, ou seja, chegamos às 9h30 na fronteira e atrasamos nosso relógio para às 8h30. Neste ponto está também a Laguna Blanca, primeiro atrativo do passeio. A lagoa se encontra a 4.400 metros acima do nível do mar e tem essa cor esbranquiçada devido ao mineral Morax, presente em suas águas.  Ficamos nessa lagoa cerca de 15 minutos e seguimos viagem até a Laguna Verde. Se formos ficar frisando a beleza do local, não falaremos outra coisa e nos tornaremos muito repetitivos. Deixaremos as fotos falarem por si só. Tiramos algumas fotos na Laguna Verde e continuamos nosso passeio, ela possui esse nome pelas suas águas cor verde esmeralda. Atrás dessa lagoa podia se ver 2 vulcões chilenos, o Licancabur e o Rurique. Apesar do sol fazia muito frio e ventava muito, a média da temperatura era de 5°C.

Passamos por algumas Montanhas de Color, montanhas que em sua composição apresentam diversas cores, como bege, marrom e vermelho. Paramos para algumas fotos nas Rocas de Dalí, enormes pedras jogadas na areia cujo alguns nativos contam que Salvador Dalí se inspirava nessas pedras para fazer seus quadros. E dai vem o nome do local.

Por volta das 11h00 chegamos às Termas de Chalviri, pequena piscina de águas termais que se encontra no pé da Montanha Polques. A água desta piscina é transparente, ao contrário das termas de Baños (Equador) e chega até 35°C. Atrás da piscina encontra-se uma lagoa na qual estavam alguns flamingos. Ficamos nessa piscina por 30 minutos. Ao sair achamos que a diferença de temperatura fosse nos fazer sentir muito frio, mas foi bem tranquila a saída da piscina. Seguimos para o Geiser Sol de Mañana, local onde se concentram gêiseres, gases quentes que brotam do solo expelindo fumaça por crateras. As fumaças são compostas por enxofre e o cheiro é muito forte. Local muito diferente, parecia que estávamos em outro planeta. Neste momento estávamos no ponto mais alto de todo o passeio, a 5.000 metros acima do nível do mar.

Depois do Geiser seguimos para o alojamento onde dormiríamos, a Hospedagem Urutumcu. O local era bastante simples, rústico e composto por 6 quartos com 6 camas em cada um deles. O banheiro era coletivo. Chegamos às 14h30 e já nos serviram o almoço, que foi macarrão, atum, ervilha, tomate, cenoura, abacate e batata. Deste ponto não sairíamos até o dia seguinte. Não havia mais ninguém no alojamento além de nós 3 (Fê, Igor e eu). Esse alojamento se encontrava em um lugar maravilhoso, bem em frente à Laguna Colorada. Após o almoço tivemos tempo livre para caminhar pela lagoa e fomos até o Mirante Aguas Calientes. A cor da lagoa era de um tom avermelhado muito bonito, para aumentar sua beleza a lagoa estava repleta de flamingos. Ficamos caminhando pela lagoa até às 17h30 e depois voltamos para o alojamento. Ventava muito e fazia muito frio, por isso não saímos mais de lá. Às 18h15 o jantar foi servido, comemos sopa de quinoa e havia também macarrão à bolonhesa, mas o molho estava muito apimentado então nem comemos. Para acompanhar o jantar nos serviram também uma garrafa de vinho. Após o jantar ficamos conversando e tomando vodca com Coca-Cola, a bebida seria ideal para nos ajudar a ficarmos aquecidos durante a noite, pois a temperatura média era de -20°C. Às 22h00 fomos dormir.

Beijoos!

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