Mochileiros América do Sul

Descobrindo a América do Sul.

54° e 55° dias – Santa Cruz de la Sierra / Puerto Quijarro / Bolívia / Brasil / Corumbá / São Paulo (27 e 28/09)

Bom dia!

Acordamos às 8h00, nos arrumamos, tomamos café da manhã e saímos para visitar outros atrativos da cidade. Seguimos caminhando para o Centro Cultural Santa Cruz, foram 25 minutos de caminhada. No caminho passamos pela Igreja La Merced, que estava fechada. Como o Centro Cultural ainda estava fechado, ele abriria somente às 10h00 e ainda faltavam 25 minutos, decidimos seguir com a nossa programação e voltar para visita-lo mais tarde. Caminhamos por mais uns 15 minutos e chegamos ao Museu de História Natural Noel Kempff Mercado, cuja entrada custa B$20,00/US$3,35 (R$7,35) por pessoa. Trata-se de um museu que apresenta espécies de animais empalhados, fósseis de peixes e alguns outros animais pré-históricos, um ovo de dinossauro, fósseis de plantas, o osso da cabeça de um mastodonte, um insetário de borboletas e algumas outras coisas relacionadas ao meio natural. Depois de visitar esse museu, andamos mais 4 quadras e chegamos ao Centro Comercial Grigota, com diversos camelôs vendendo cds e dvds piratas, celulares, aparelhos eletrônicos, brinquedos e algumas outras quinquilharias. Na parte externa do centro comercial, inúmeras barraquinhas dominam as calçadas. Demos uma volta por entre os camelôs e voltamos para o Centro Cultural Santa Cruz. Centro esse que estava exibindo somente com uma exposição, da Regina José Galindo, que expunha fotos e vídeos contra a violência. Como, um vídeo com a simulação de uma pessoa sendo torturada (waterboarding), outro vídeo que mostra a reconstrução do hímen (para que a mulher “volte a ser virgem”), um terceiro vídeo mostrando um protesto no qual a artista faz uma caminhada deixando pegadas feitas com sangue humano em memória das vítimas do conflito armado da Guatemala, entre outros.

Às 13h30 fomos para o restaurante Pícolo para almoçar, pedimos uma cesar salad, peito de frango ao molho de champignon com legumes sautés e arroz, suco de laranja e depois de comer tomamos sorvete. Estava tudo muito gostoso. Depois do almoço fomos para o hotel, arrumamos nossas coisas, fizemos o check-out e deixamos nossas mochilas na recepção. Saímos do hotel e fomos até a esquina, onde se encontra um ponto de ônibus. Pegamos o ônibus 99 para ir até o monumento El Cristo, nos distraímos conversando e nem vimos que já havíamos passado pelo monumento. Quando nos demos conta, descemos do ônibus e caminhamos por uns 25 minutos até chegar ao El Cristo. Tiramos algumas fotos e, ali mesmo, pegamos o ônibus 78 para ir até o Parque Arenal, parque que possui, em seu interior, um enorme lago, alguns bancos, chafarizes, mas não muita sombra. Caminhamos pelo parque e bem em frente se encontra a Feira Arenal, enorme feira que vende roupas, cosméticos, sapatos, celulares, aparelhos eletrônicos, entre outros. Como Santa Cruz não é muito frequentada por turistas e as pessoas dessa feira nos olhavam muito, resolvemos que o mais seguro a se fazer era sair dali. Saímos da feira e fomos caminhando de volta para o hotel. No caminho passamos em um supermercado comprar água e alguns salgadinhos e bolachas para a viagem de trem. Foram 30 minutos de caminhada e às 16h30 estávamos no hotel. Pedimos para Marta, a recepcionista, se podíamos utilizar algum banheiro para tomarmos banho. Então pegamos uma troca de roupa na mochila e revezamos um banheiro coletivo que havia ao lado da recepção.

Às 17h45 pegamos um táxi e fomos para o Terminal Bimodal para pegar o Trem da Morte . Chegamos ao terminal 25 minutos depois e a corrida nos custou B$16,00/US$2,65 (R$5,85). Como nosso trem sairia às 18h30 já fomos despachar as nossas mochilas, serviço esse que nos custou B$10,00/US$1,65 (R$3,65). Antes de entrarmos no trem tivemos ainda que pagar a taxa ferroviária, que custou B$3,00/US$0,50 (R$1,10) cada um. Pontualmente às 18h30 o trem partiu com destino à Puerto Quijarro, ainda na Bolívia. O trem era bem diferente do que imaginávamos, era composto somente por 2 modernos vagões com enormes e confortáveis poltronas. Nos acomodamos, um dvd musical foi colocado e às 20h30 o jantar foi servido. No jantar havia  arroz com frango, banana e ovo fritos, refrigerante e bolo de chocolate. Assistimos à um filme e dormimos. Às 7h00 o café da manhã foi servido, havia pão com queijo e café. Como a viagem foi quase toda noturna, nem pudemos observar a paisagem e às 9h00 chegamos ao terminal ferroviário de Puerto Quijarro. Pegamos nossas mochilas e ficamos 10 minutos em frente ao terminal esperando por um táxi. Não há nada no entorno do terminal, somente estradas de terra. Dividimos o táxi com um casal australiano e pagamos B$5,00/US$0,85 (R$1,85) cada um. Ainda bem que o táxi foi barato, pois para pagar tivemos que contar nossas últimas moedas. Depois de 15 minutos o taxista nos deixou em frente à fronteira Bolívia/Brasil, onde registramos nossa saída da Bolívia. Caminhamos por 5 minutos e chegamos até a Receita Federal, havia uma enorme fila, mas como somos brasileiros fomos encaminhados à outra entrada, na qual havia poucas pessoas. Registramos a entrada no Brasil e pegamos um táxi com destino ao Aeroporto Internacional de Corumbá, foram 20 minutos de viagem. Como não tínhamos dinheiro pedimos para o taxista aguardar enquanto sacávamos dinheiro para pagar a corrida. Para nossa surpresa não havia um caixa eletrônico no aeroporto, então tivemos que ir até um banco no centro de Corumbá. Às 10h30 estávamos de volta ao aeroporto, a corrida nos custou R$60,00. Em frente ao aeroporto há um monumento com 2 enormes araras.

Como nosso voo sairia somente às 14h50 ficamos esperando no café do aeroporto até o horário do check-in. Às 14h30 fizemos o check-in no guichê da companhia aérea Trip e despachamos nossas mochilas. Às 15h00 o avião partiu com destino à Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O voo teve duração de 1 hora e durante o percurso um lanche nos foi servido. Ficamos esperando por 1 hora no Aeroporto Internacional de Campo Grande e às 16h50 fizemos o check-in e embarcamos no avião da companhia aérea TAM. Depois de 20 minutos o avião partiu. Chegamos ao Aeroporto Internacional de GuarulhosSão Paulo, às 20h00, horário local. O voo teve duração de 1h50 minutos, mas como o fuso é diferente adiantamos nossos relógios em 1 hora. A passagem aérea Corumbá/São Paulo nos custou R$489,95 cada um. E assim acabou nossa aventura pela América do Sul.

Beijos a todos!

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53° dia – Santa Cruz de la Sierra (26/09)

Bom dia gente!

Acordamos às 9h00, nos arrumamos e fomos tomar café da manhã, que já estava incluído na diária e estava muito bom. Caminhamos umas 4 quadras até um ponto de ônibus e pegamos o ônibus 98 com destino ao Terminal Bimodal, terminal rodoviário e ferroviário de Santa Cruz. Fomos até o guichê da Ferroviaria Oriental, responsável pelo trajeto do lendário Trem da Morte, e compramos as passagens para o trem FerroBus para o dia seguinte (27/09) às 18h30. A passagem nos custou B$257,00/US$42,85 (R$94,25) cada um. Fomos até o ponto em frente ao terminal e pegamos o ônibus 09 com destino ao centro da cidade. Fomos visitar o Paseo Artesanal La Recova Unarcruz, corredor com várias lojinhas vendendo artesanatos. Seguimos para a Praça 24 de Septiembre, maior praça da cidade e ao seu redor se encontram a Casa de Gobierno, a Asamblea Legislativa Plurinacional, a Casa de la Cultura e a Igreja Catedral. No centro da praça há uma estátua do Coronel Ignácio Warnes, o herói da independência boliviana. Visitamos a Casa de la Cultura (entrada gratuita) – com algumas exposições temporárias de artistas contemporâneos –, a Igreja Catedral e fomos almoçar. Paramos no restaurante Lorca, próximo à Catedral. Comemos uma salada camembert, moqueca de camarão, cerveja e Coca-Cola. O atendimento é muito demorado e o preço não combina com as refeições servidas, baixa qualidade à um preço mais elevado. Saímos e fomos tomar sorvete no Pícolo.

Em seguida fomos visitar o Museu de História Regional, a entrada é gratuita. Esse museu conta com 2 salas no piso térreo: a 1ª é sobre a vida de moradores da cidade, desde os tempos coloniais; e a 2ª é sobre a vida dos povos indígenas que habitavam a região, o povo chiquitano e expõe tradições, hábitos, crenças, ou seja, a cultura desse povo. No piso superior há uma biblioteca, uma sala com quadros relatando a história de Santa Cruz e 3 salas que expõem objetos arqueológicos encontrados durante as escavações do gasoduto entre Bolívia e Brasil. Fomos para a Igreja Catedral para visitar o Museu de Arte Sacra, pois no horário em que havíamos ido para a Catedral ele estava fechado. Para visitar esse museu deve-se pagar B$10,00/US$1,65 (R$3,60) por pessoa, ele conta com pinturas, esculturas, vestuários, adereços e pratarias vinculados às igrejas da região. Ao todo são 5 salas que formam esse museu, são elas: Esculturas de Madeira; Paramentos Litúrgicos; Prataria; Galeria de bispos e joias; e Arquivo Histórico. Não se pode tirar fotos dentro dele. Saímos do museu às 17h30 e aproveitamos que ainda tínhamos tempo para subir à torre da Catedral, um mirante do qual se pode ver um pouco da cidade. Para subir ao mirante deve-se pagar B$3,00/US$0,50 (R$1,10) por pessoa. Vimos o pôr do sol de lá de cima e voltamos para o hotel.

No hotel tomamos banho e nos arrumamos para sair. Iríamos à Expo Cruz, uma feira com diversos pavilhões nos quais cada país apresenta seus mais variados produtos e enquanto isso, do lado externo, grupos típicos se apresentam em palcos espalhados pelo complexo. Antes de irmos para lá passamos novamente no Lorca, que como restaurante não é muito bom, mas como bar é excelente. Tomamos algumas cervejas e caipirinhas, fumamos narguilé e, por volta das 22h30, pegamos um táxi para a Expo Cruz. A corrida durou 20 minutos e nos custou B$20,00/US$3,35 (R$7,35). Nesse dia havia uma promoção para os ingressos da feira, 2 pessoas pagavam somente 1 ingresso, pagamos então B$45,00/US$7,50 (R$16,50) para entrar. O local era muito grande, inicialmente ficamos em um palco que estava tocando uma banda local, o som não era dos melhores, mas era animado. Ficamos ali por algum tempo e fomos visitar os pavilhões, havia muita gente e muita fila para ingressar nesses pavilhões, então fomos visitar só o do Brasil. Dentro do pavilhão havia mais gente ainda, era quase impossível se locomover ali dentro. Enquanto essa multidão passava pelos corredores, havia stands com produtos industriais, materiais escolares, roupas íntimas, calçados, produtos alimentícios, havia de tudo um pouco. Essa multidão começou a nos irritar e já não queríamos mais ficar nessa feira. Decidimos então que comeríamos alguma coisa e iríamos embora. Na praça de alimentação havia mais gente ainda, ficamos 30 minutos em uma fila para comer um lanche de hambúrguer horrível. E ainda por cima não tinha onde sentar, ficamos esperando uma mesa desocupar para podermos comer. Comemos e saímos da Expo Cruz, do lado de fora o tráfego estava intenso. Fomos caminhando e procurando por um táxi, mas todos que paravam estavam cobrando muito caro, até que conseguimos um que nos levou ao hotel por B$25,00/US$4,15 (R$9,15). Foram aproximadamente 35 minutos de viagem. Chegando no hotel fomos para o quarto e dormimos.

Beijos!

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